Deus não é o que você pensa

4 reflexões que podem transformar sua relação com o divino

Heloou! Pergunta: Quando você para um minutinho. Respira fundo e olha para o céu. Você sente uma mistura de saudade e distância, como se houvesse um abismo entre você e algo sagrado que você nem consegue nomear direito?

Eu conheço essa sensação. Durante anos, carreguei a imagem de Deus como uma força imensa, poderosa, mas estranhamente distante da minha vida real. Uma sensação de que Ele estava “lá em cima” observando, talvez julgando, mas definitivamente não envolvido com as minhas pequenas crises, meus medos de madrugada ou as dancinhas bobas de alegria quando algo dá certo.

Era como se eu vivesse numa casa enorme, e Ele fosse o proprietário que morava no último andar… presente, mas inacessível.

Hoje, depois de uma jornada que me levou pelos caminhos da espiritualidade, da terapia e do autoconhecimento profundo, quero compartilhar com você 4 reflexões que mudaram completamente minha forma de me relacionar com o divino.

Não são apenas conceitos bonitos, são descobertas que aqueceram meu coração e me fizeram sentir, pela primeira vez, que não estou sozinha nessa jornada chamada vida. Talvez elas também toquem algo profundo em você. 💫


1. Deus não é só o “Chefão” lá de cima. Ele vive respirando nos seus detalhes

Lembro de uma época da minha vida em que eu só conseguia ver Deus como o “Criador de Tudo”, uma força suprema, inteligente, mas fria. Era como se Ele tivesse criado o mundo, estabelecido as regras e agora estava sentado numa poltrona cósmica, observando de longe.

Mas então algo clicou dentro de mim.

Se Deus é realmente amor infinito (e não apenas poder infinito), como pode um amor infinito ser indiferente? Como pode não se importar com os detalhes da vida de quem ama?

Pense comigo: você já viu uma mãe apaixonada pelo filho? Ela quer saber de tuuuudo! Se ele comeu direito, se está feliz na escola, se fez um amiguinho novo, se teve pesadelo à noite. O amor verdadeiro é curioso, participativo, presente.

E foi aí que entendi: Deus não é só transcendente (lá em cima), Ele é também imanente (aqui dentro, ao lado, respirando junto).

Ele se importa quando você acorda ansiosa. Ele torce quando você está tentando tomar uma decisão difícil. Ele sorri quando você ri daquela bobagem que só você acha graça. Ele está nos detalhes porque o amor sempre está nos detalhes.

Já parou para pensar que talvez aquela intuição que te salvou de uma situação complicada, aquela força que você não sabe de onde veio quando precisou ser corajosa, ou aquele encontro “casual” que mudou sua vida… talvez não tenham sido coincidências?

Talvez tenham sido Deus participando ativamente da sua história, porque um amor infinito não consegue ficar de braços cruzados quando se trata de quem Ele ama.


2. Tentar fugir de Deus é como um peixe tentando fugir do oceano

Essa analogia mudou minha vida. Literalmente.

Imagine que todo o universo (cada átomo, cada pensamento, cada batimento do seu coração) está mergulhado no que poderíamos chamar de “mar divino”. É como se fôssemos peixes nadando no oceano infinito de Deus.

O peixe pode nadar para qualquer direção, para a direita, esquerda, para o fundo, para a superfície, mas nunca conseguirá sair da água. Não existe um “fora” do oceano.

Da mesma forma, não existe um “fora” de Deus.

Isso significa que quando nos sentimos “longe” Dele, quando achamos que Ele nos abandonou ou que não somos dignas da Sua presença, não é uma distância física… é uma distância do coração.

É como um casal que dorme na mesma cama há 30 anos, mas está emocionalmente distante. Eles estão fisicamente juntos, mas relacionalmente separados.

Lembra daqueles momentos em que você se sentia completamente perdida, como se estivesse navegando sozinha numa tempestade? Eu também já passei por isso. Achava que Deus tinha me abandonado, que eu havia feito algo tão errado que Ele tinha desistido de mim.

Mas a verdade é que eu estava no mesmo oceano, apenas escolhendo ignorar a água ao meu redor. Muitas vezes por estar perdida nas águas das minhas emoções.

Ter a noção disso me trouxe uma calma, porque no fundo significa que nunca estamos realmente sozinhas. Mesmo nos nossos momentos mais sombrios, quando parece que o mundo desabou, Ele está ali. Talvez só precisemos lembrar de sentir a água sagrada que nos envolve. Voltar a sentir a presença divina em nós e na vida.

Que tal fazer um exercício comigo agora? Feche os olhos por um momento e se imagine como um peixe nesse oceano divino. Sinta a água ao seu redor fresca, macia… não como algo externo, mas como o próprio ambiente em que você existe. Respire essa presença. Você consegue sentir?


3. A criatividade infinita pertence ao bem, o mal é apenas uma música de uma nota só

Durante muito tempo, eu achava que o mal era poderoso, sedutor, cheio de possibilidades. Parecia que as pessoas “más” tinham mais liberdade, mais opções, mais diversão. Era como se o bem fosse uma limitação de regras, e o mal fosse a direito de liberdade.

Mas então descobri algo que mudou tudo: o mal é extremamente limitado e, francamente, entediante.

Pense comigo: quais são as ações destrutivas que existem? Matar, roubar, enganar, mentir, trair, machucar, destruir. É sempre a mesma coisa. É como uma música de uma nota só, tocada infinitamente. No início pode até chamar atenção, mas logo se torna monótona.

O bem, por outro lado, é o campo das possibilidades infinitas.

Quantas formas existem de amar? De perdoar? De criar? De curar? De ensinar? De inspirar? De construir? As variações são infinitas! Cada ato de amor é único, cada gesto de bondade tem sua própria beleza, cada criação carrega uma marca original.

Lembro de uma fase da minha vida em que eu me sentia presa às “regras do bem”. Achava que ser uma pessoa boa significava ser previsível, certinha, até mesmo blasé. Mas quando entendi essa verdade, tudo mudou.

Descobri que quando escolho o caminho do amor e da construção, não estou sendo “certinha”, estou sendo livre de verdade. Estou explorando um universo infinito de possibilidades criativas.

Pense na sua própria vida: quando você se sente mais viva e criativa? Quando está construindo algo belo, ajudando alguém, criando conexões verdadeiras… ou quando está presa em ciclos destrutivos de crítica, inveja ou mágoa?

A verdadeira rebeldia não é escolher o mal, é escolher explorar as infinitas possibilidades do bem.


4. O que conecta o universo não é a inteligência, é o amor que pulsa em cada encontro

Essa reflexão é braba.

Imagine comigo: existe uma diferença de apenas 2% entre o DNA de um gorila e o nosso. Apenas 2%! E mesmo assim, o abismo evolutivo entre nós é imenso.

Agora imagine um ser que já percorreu todos os degraus da evolução espiritual, um “espírito puro”, como alguns chamam. A distância intelectual entre nós e esse ser seria infinitamente maior do que a distância entre nós e um gorila.

Do ponto de vista da inteligência, esse ser não teria absolutamente nada a aprender conosco. Seria como Einstein tentando aprender matemática com uma criança de 3 anos.

Então me diga: por que um ser tão evoluído se conectaria conosco? Por que nos procuraria? Por que nos ajudaria?

Só pode haver uma resposta: amor puro.

Isso me fez repensar completamente minha relação com o divino. Durante anos, tentei “conquistar” Deus através do conhecimento, da perfeição, do comportamento impecável. Achava que precisava ser inteligente o suficiente, boa o suficiente, evoluída o suficiente para merecer suas bênçãos.

Mas descobri que a comunhão com o sagrado não é uma conquista intelectual, é um encontro de corações.

É o amor que conecta todas as esferas da criação. É o amor que faz um anjo se importar com as lágrimas de uma mulher perdida. É o amor que faz o Criador do universo se interessar pelos seus sonhos mais íntimos.

Você já teve aquela experiência de sentir um amor inexplicável por alguém? Um amor que não tem a ver com mérito, conquista ou merecimento… apenas existe, puro e gratuito? Talvez seja assim que Deus nos ama.

O amor é a cola que nos une ao sagrado. E essa cola nunca se desfaz, mesmo quando achamos que não merecemos. ✨


Depois de todas essas reflexões, cheguei a uma descoberta que aqueceu meu coração de uma forma que eu nunca imaginei possível.

No ponto mais alto do universo, no “coração da altura”, não existe um sistema frio e indiferente.

Não existe um computador cósmico calculando nossos erros e acertos. Não existe um juiz distante pesando nossos méritos numa balança.

O que existe é um coração divino que, assim como o nosso, também trabalha, sonha, procura e espera.

Imagina só: o próprio Deus tem sonhos. Ele trabalha (na criação, na evolução, no amor). Ele procura (por nós, pela nossa felicidade, pela nossa evolução). E Ele espera com a paciência infinita de quem ama de verdade.

Ele nos aguarda pacientemente enquanto crescemos, tropeçamos, levantamos, aprendemos e amadurecemos. Enquanto isso, Ele nos prepara para algo grandioso que mal conseguimos imaginar: participar dos poderes da criação.

Sabe aquela sensação de quando você está criando algo (um projeto, uma receita, um texto, um jardim) e sente uma alegria profunda, como se estivesse colaborando com algo maior? Talvez seja exatamente isso: uma prévia do que significa co-criar com o divino.


Se você chegou até aqui, é porque algo em você ressoa com essas palavras. Talvez seja aquela saudade antiga de casa, aquela nostalgia de uma conexão que você sabe que existe, mas que às vezes parece tão distante.

Quero te fazer um convite.

Que tal começar a experimentar essa nova forma de se relacionar com o sagrado? Não precisa ser nada grandioso ou dramático. Pode começar pequeno:

  • Nos momentos de ansiedade, lembre-se de que você está mergulhada no oceano do amor divino
  • Quando se sentir sozinha, sussurre um “oi” para Aquele que está interessado em cada detalhe da sua vida
  • Nas suas escolhas diárias, explore as infinitas possibilidades criativas do bem
  • Nos seus relacionamentos, pratique o amor como a força que conecta tudo no universo

Porque se no lugar mais alto do universo existe um coração que nos espera com tanto amor, tanta paciência e tanta esperança…


E você, como sente sua relação com o divino hoje? Alguma dessas reflexões tocou no seu coração? Me conta nos comentários — adoro quando podemos trocar sobre esses temas que nos conectam com nossa essência mais profunda. Sua jornada importa, e eu estou aqui para caminhar junto. ✨

Com amor e gratidão,
Luisa Durante

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